sábado, 24 de janeiro de 2009

Inteligência

Penso que praticamente toda a gente sabe que existem vários tipos de inteligência..linguística, espacial ou naturalista, lógica, musical, intrapessoal, interpessoal e cinética. Não sou perita no assunto, portanto, caso esteja enganada agradeço que me avisem. Qual a mais importante? Deduzo que não se chegue a um consenso.
Na minha humilde opinião acho que se alguém tiver todos os tipos de inteligência muito elevados mas não tiver tacto e a capacidade de se auto-avaliar não lhe servirá de muito qualquer outro tipo de inteligência. Cada vez mais chego à conclusão que esse tipo de inteligência não pode ser obtida ou treinada, acho que não vale mesmo a pena, ou a têm ou não.
Self-made man é alguém que tem a capacidade de ver os erros dos outros, aprender com eles e consegue olhar para si mesmo e evoluir. Mas isto torna-se caricato de certa forma, porque há mesmo pessoas que não têm a mínima capacidade de introspecção! Quando se ouve alguém criticar/gozar outra pessoa ou porque por exemplo misturou uma blusa verde com calças vermelhas ou come com a cabeça no prato, etc, uma pessoa com o tipo de inteligência a que me refiro pára e pensa: eu faço isso ou não? Visto-me assim? Eu também como assim? Interroga-se e evolui. O resto dos mortais não, riem-se sem perceberem que se estão a rir deles próprios. Lá está a alegria da ignorância, tão comum.
Passemos a outro exemplo...voltando à gramática, imaginemos que estamos a conversar com alguém que em vez de dizer "se tu vires" diz "se tu veres"! Detecta-se o erro...e numa tentativa de ajudar o outro, arranjamos maneira de numa das frases seguintes dizermos "se tu vires"! Para alguém com o tal tipo de inteligência esta frase faria "click" na sua mente e a pessoa interrogar-se-ia: eu não digo assim! Será que estou errado? Voltamos então à evolução e ao self- made man.
Não sei se vos acontece o mesmo mas já passei inúmeras vezes por esta situação chatíssima...imaginem que estão cheios de sede..como pessoa prevenida que costumo ser tenho uma garrafa de água sempre comigo..(mas ocorre exactamente o mesmo se tiver acabado de a comprar) pego na minha garrafa (felicíssima por ser uma pessoa prevenida), estou a abrir a garrafa...e alguém diz: “Eh, estou cheio de sede, dá-me um golo!” Não vou dizer que o mundo desaba nesse momento mas a afluência de sangue ao meu cérebro aumenta certamente. Como pessoa educada que tento ser, só me resta oferecer a garrafa. O que acho mais fantástico nestes acontecimentos é o facto da pessoa em questão nunca reparar que eu não volto a tocar na água e na maioria das vezes até digo: “Podes ficar com ela”. Devem julgar que a sede me passou só de olhar para a garrafa. Já ouvi falar em “comer com os olhos” mas beber com os olhos, para mim é novidade. Este assunto pode-me levar aos restaurantes...ao momento em que o garçon traz por exemplo aquelas cenourinhas apetitosas ou aqueles pratinhos com molhos...a maior parte dos restaurantes não disponibiliza pratinhos nem talheres para o couvert....mas pode-se sempre pedir, não? Claro que não! Vamos todos espetar o nosso próprio garfo e bocados de pão cheios de germes na comida comum. Também nunca ninguém se questiona porquê que falei tanto no excelente aspecto das cenouras e não as comi. Não vale a pena tentar explicar que saliva não é o meu tempero favorito, especialmente quando há pessoas com herpes na mesa. O assunto do Herpes fica para outro dia, tem direito ao seu próprio artigo.
Outro caracterítica interessante..quando se frequenta a casa de alguém..toda a gente tem as suas rotinas, os seus objectos, a seu lugar marcado na mesa, no sofá (na maioria dos casos)..há quem tenha a sua própria caneca de uso exclusivo, etc...para além da falta de educação, voltamos à tal inteligência quando alguém se senta no nosso lugar seja à mesa ou no sofá, pega na primeira caneca que vê (geralmente sempre a nossa) e por aí em diante...alguém já ouviu falar em tacto? Custa assim tanto perguntar ao dono da casa que caneca pode usar? Onde se deve sentar? Este assunto seria infindável por isso fico por aqui..
Tentar mudar ou educar os outros não cabe a mais ninguém a não ser aos próprios, a não ser, é claro, pais a filhos. Dizer as coisas directamente, apontar o erro de forma directa seria uma falta de tacto, dependendo do grau de confiança com a pessoa em causa obviamente..e é como tudo, pode-se dizer tudo mas a maneira como se diz é fundamental. Daí existirem as tais "pistas" que deveriam fazer click...mas não vale a pena, já cheguei a essa conclusão. De qualquer modo, somos apenas responsáveis pelas nossas atitudes e pela imagem que passamos e as de mais ninguém não é verdade? Sorte a nossa!!

1 comentário:

  1. fikei um pouco assustada cm este teu desabafo...n sou nada assim...como hei de dizer...eskisita!!

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