terça-feira, 2 de junho de 2015

Razzies Do Quotidiano


Men should be what they seemor those that be notwould they might seem none!” William Shakespeare

Antes de mais, devo frisar que este desabafo, apesar de estar relacionado com orientação sexual, não é para aí virado.


(Esta merece uma pausa.)



Dado que não é esse o foco do tema, não percamos tempo a aprofundar o ponto errado. 
Sim, há aparências que iludem, nem tudo o que parece é, mas, meus caros, há também o óbvio, o que parece, e é mesmo. Eu, sinceramente, não me interessa minimamente o que cada um faz da sua vida, como, quando, onde, ou com quem. Cada um sabe de si, tanto se me dá, como se me deu. É do conhecimento geral, que o facto de uma pessoa (seja do sexo feminino ou masculino) gostar do mesmo sexo, não é aceite por todos os indivíduos do planeta. No mesmo barco, encontram-se casais inter-raciais, casais de gerações, culturas, religiões, ou estatutos diferentes. 

Eu percebo que, por exemplo, para uma pessoa homossexual com uma família mais...chamemos-lhe “conservadora”, “pouco dada à ciência”, não seja fácil apresentar uma cara metade com o mesmo par de cromossomas sexuais. Variará, consoante a família, e, cada caso é um caso. Por vezes, há todo um leque de variáveis em jogo: afectivas, morais, monetárias, sociais. Ok.

Podíamos ficar por aqui, e pronto, cada um sabe de si, porque não temos absolutamente nada a ver com a vida alheia. Podíamos…mas não. E porquê? Por causa das pessoas que levaram ao nascimento deste post: os seres que se acham superiores e rodeados de acéfalos, e fazem da sua vida uma comédia, com actuações dignas de uma Framboesa de Ouro.
Como com todos os filmes, há sempre quem ache piada e até mesmo quem não compreenda o óbvio, mas pelas opiniões que ouço, será uma minoria, nestes casos (felizmente). 

Assistir a pessoas , especialmente quando são do sexo masculino e já para lá dos 20, obviamente (sim, é evidente, e não é preconceito, é pós-conceito) gays (e assumidamente para um número restrito de pessoas, muitos deles) a falar de mulheres como se fossem os maiores garanhões da zona, e a fazerem o papel de “playboy”, chegando mesmo a vias de facto com o máximo possível de exemplares do sexo oposto, de modo a consolidar o papel, é absolutamente degradante (e ridículo) e não convence ninguém que possua mais de meia dúzia de neurónios e tenha a visão funcional.

Do meu peculiaríssimo ponto de vista, coragem, significa enfrentar o medo e agir, independentemente das consequências pessoais. Nem todos os seres possuem essa nobre característica, é um facto. Na minha singela opinião, acho deveras triste e pouco honroso que alguém não tenha intrepidez suficiente para assumir a pessoa que é, com tudo o que isso engloba, mas, novamente, cada um sabe de si, o que está em jogo, pros e contras, as suas prioridades e o tipo de pessoa que é, ou quer ser. A vida é de cada um, cada um é livre de fazer as suas escolhas e viver da forma que quiser, mas há limites (digo eu). Exemplifiquemos: 

Ora agora, anda por aí, completamente à solta, o fenómeno do "pandering", super na moda nos dias que correm. Ou seja, dizer o que é suposto, independentemente da opinião pessoal, é satisfazer os ouvidos da humanidade do século XXI. É mostrar uma mente tão arejada, mas tão arejada que se torna oca, pronta a ser formatada com o "politicamente correcto". 

Ultimamente, tudo o que é meio de comunicação, anda entupido com uma celebridade que nasceu do género masculino (somente no exterior, diz o próprio/a?) que tem sido muito aclamada por ter tido a coragem de após cerca de quase 7 décadas de existência, 3 casamentos com pessoas do género feminino e 6 rebentos, assumir que afinal não era bem homem e que sempre quis ser mulher (haja persistência e amor pela representação). O processo de mudança de sexo já está practicamente  finalizado. Exige coragem? Pois com certeza que sim. Exige todas as partes que a esta hora ja lhe foram removidas. Eh positivo? Bom, acho que cada um deve fazer o que for preciso para ser feliz, e se a pessoa agora se sentir finalmente bem e orgulhosa do resultado, certamente. Tudo muito bem, seja feliz nos 20 e poucos anos que lhe restam. Temos todo um final feliz, palmas e elogios de tudo o que é boca...mas...agora pergunto eu: então e ter pensado nisso antes de ter 3 mulheres e 6 rebentos? Humm? Não viver toda uma vida de fachada, enganar 3 mulheres e fazer 6 filhos terem de deixar de ter Pai e de passar por tudo isto? "Olhem filhos, o pai vai ali mudar para mulher, tem um novo nome e a partir de agora vai ao cabeleireiro e manicure todas as semanas e usa baton e sombra nos olhos, mas nada muda, só não me voltem a chamar pai que isso me arrepia." 

Parece-me um caso chapadíssimo de egoísmo. A vida é feita de escolhas e cada escolha tem as suas consequências. Se há quem não tenha a coragem de ser o que é, pelo menos, viva a sua vida de forma a que todas as consequências dos seus actos não mudem a vida de terceiros. E por terceiros, entenda-se filhos, e por filhos, entenda-se pessoas que decidimos pôr no mundo e cuja felicidade e bem-estar são a nossa principal preocupação. 

Meus caros: uma coisa é não querer assumir, isso é lá convosco. Outra coisa, é atirar areia para os olhos dos demais e afectar irreparavelmente a vida de terceiros. Se as pessoas que vos rodeiam, são suficientemente educadas e bondosas, para fingir que não percebem a vossa preferência, o mínimo que se pede em troca, é que não insultem a inteligência alheia, ao encarnar uma personagem. Ou, pelo menos, tenham aulas de representação, davam um jeitão.  Ou, melhor ainda, percebam que quem vos estima realmente, se preocupa com muita coisa relacionada convosco, mas não com o facto de dormirem com ele ou com ela. 


Caríssimos.....corta!

1 comentário: